sábado, 25 de fevereiro de 2012

UFC Sem Limites vs O Encantador de Cães

Confesso, eu gosto de porrada! Programa para sábado a noite era assistir o UFC Sem Limites na Rede TV. Com a compra dos direitos de transmissão do UFC pela Globo, a Rede TV teve que se virar nos 30 e buscar uma atração à altura para o horário. Diz a máxima em propaganda que criancinha ou cachorro em campanha é meio caminho andado para o sucesso. Quase covardia. A Rede TV apelou pra cachorrada.
Já ouvira falar alguma coisa sobre o Cesar Millan... Milhares de livros vendidos, milhares de fãs... O título "O Encantador de Cães" é, a princípio, muito sedutor. As noites de sábado não estariam mais perdidas?
Hoje assisti ao programa pela primeira vez e, se a primeira impressão é a que fica... Não sei... Não sou ninguém para criticar método X, método Y ou o trabalho de uma vida. Apenas gosto de cães, leio o que posso e tenho pensado em adestramento como um hobby. E com tudo se aprende. Mas vamos lá. Me incomodou o prolixo vocabulário meio guru "zen budista" de Cesar Millan... Uma miscelânea inacessível de termos e conceitos... Dominância. Hierarquia. Energia. Mente. Espírito. Níveis cerebrais, etc. E o que me preocupa é que tudo isso é vendido como psicologia.
Também entendo que em alguns casos é preciso firmeza, liderança, mas aquelas "esporadas" que ele dá nos cães... Porrada por porrada, eu sou mais o UFC.
Sem falar da dublagem a la "Polishop", dando a impressão que todo americano é um babaca consumidor de babaquices via fone (pra cachorro nenhum respeitar mesmo!).
Enfim, sei que o cara não chegou onde chegou a toa. Mas é preciso senso crítico. Não espero ansiosamente pelo episódio do próximo sábado.

E só pra ilustrar o post, misturando mais um pouco os assuntos, um vídeo com o Jon "Bones" Jones, a fera do MMA, passando o dia numa academia de polícia, servindo, inclusive, de cobaia para o treino de cães de ataque (não sei dizer se é um malinois ou um pastor holandês).



sábado, 4 de fevereiro de 2012

O misterioso caso dos cães desaparecidos no Brooklin

O misterioso caso dos cães desaparecidos no Brooklin. Trabalho no Bronx há alguns anos e sempre me impressionou a quantidade de cartazes à procura de cães desaparecidos espalhados pelos postes da região. Para quem não conhece, o Brooklin é um bairro da zona Sul de São Paulo, mix de mansões, casas classe média alta e sede de empresas multinacionais. Grades, muros altos, ruas monótonas e vizinhos que não se conhecem. Diz a lenda que o bairro é habitado por velhinhos que se alimentam de qualquer criança que se atreva a por os pés fora de casa, e que o mar de cocô encontrado em suas calçadas não é de cachorro não, mas sim o resíduo digestivo do infortúnio das tais criancinhas.

Mas quanto aos desaparecimentos, quais seriam os verdadeiros motivos? Descuido? Sequestro? Maus tratos, abandono e arrependimento?

Essa semana, parte do mistério pode ter sido desvendada. Uma colega de trabalho, que vive no bairro, teve sua casa invadida e, entre móveis e roupas revirados, pertences desaparecidos, o desespero maior foi o sumiço de sua companheira Nyla. Multirão para confecção de cartazes e propagação da notícia nas redes sociais. Condolência. No dia seguinte, ainda na esquina de casa, ao pedir à proprietária de uma bar que colocasse o cartaz de "procura-se" em seu estabelecimento, foi informada que a Shih Tzu estava em segurança. No dia anterior, por volta das 14h, Nyla havia aparecido por lá muito assustada e a senhora a levara para casa. Por sorte, esse caso teve um desfecho feliz.

Tão constante quanto os cartazes de "procura-se" são as placas de "vende-se" e "aluga-se". Provavelmente os cartazes são um índice fiel da violência do bairro.